eu não queria ter um nó na garganta, eu não queria ter de pensar em passados, há quanto tempo que a gente caminha pro lado errado. eu não sei.
há uma só chance na vida, há uma só chance de saber que há uma só chance na vida, aprender é que é difícil, quando descobres desmoronas. eu nunca soube.
foram três ou quatorze pedidos para que eu não repetisse meus feitos de menino maldito, o porquê de eu ter insistido é um mistério, se ela não se tivesse ido eu nunca teria acreditado que um dia ela iria. mas foi. como eu saberia?
voltar a escrever sobre o mesmo. já usei todas as palavras que sabia, já fiz todas as misturas que podia, já dei tantas voltas sobre a mesma linha torta para dizer palavras que eu simplesmente - PARA DIZER PALAVRAS QUE EU NÃO CONSIGO EXPRESSAR!
eu não sei, eu nunca soube, como é que eu poderia saber?
sem menos nem mais, a gente se morre.
22 de dez. de 2010
15 de dez. de 2010
Outros poemas do Caderno Azul.
#10
O cigarro,
acendi na chama
do incenso.
(A metáfora cansativa
do sândalo, tu sabes).
Não sabes?
Te explico.
Quando restar um pouco
mais da minha vida
no teu tempo.
#11
E quantas vezes
mais
(quantas vezes)
esquecerei do quanto houve
em garrafa e meia
de gin?
E com quantos
homens,
quantos mais outros
e em quantas camas,
quantas casas,
em quantos corpos mais
buscarás o que
sabes em mim?
#12
Eu te vi!
(Mentira, não vi.
Nem sei mais como
é o teu rosto).
Não te vi,
não sei como podes
ser hoje.
Mentira!
Se desse pra esquecer
o teu gosto...
O cigarro,
acendi na chama
do incenso.
(A metáfora cansativa
do sândalo, tu sabes).
Não sabes?
Te explico.
Quando restar um pouco
mais da minha vida
no teu tempo.
#11
E quantas vezes
mais
(quantas vezes)
esquecerei do quanto houve
em garrafa e meia
de gin?
E com quantos
homens,
quantos mais outros
e em quantas camas,
quantas casas,
em quantos corpos mais
buscarás o que
sabes em mim?
#12
Eu te vi!
(Mentira, não vi.
Nem sei mais como
é o teu rosto).
Não te vi,
não sei como podes
ser hoje.
Mentira!
Se desse pra esquecer
o teu gosto...
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