15 de nov. de 2014

Meu endereço é de onde
ouves sair esta canção
que relembra uma infância
cinza-colorida,
tal qual este dia de vento
e de recordações.

Meu endereço, se quiseres anotar,
está inscrito no verde-sonho
desta mata que acolhe
e protege;

onde chegam as cartas
de gentes distantes
no espaço, no tempo,
mas sempre bem perto
da cabeça e do coração.

Meu endereço, se te
vale de algo,
é onde os mortos
são recebidos para o jantar,
onde recontamos nossas histórias,
nossas vitórias,
onde nos rimos da vida
e da morte.

Resido exatamente aqui.

Não precisa avisar ao chegar.

3 de nov. de 2014

[Chovam todos os temores
duradouros, passageiros.
O destino é um caminho
da sarjeta até o bueiro.]

já ia avançado o dezembro naquele dois mil e hum já ia também naque le dois mil e vinte os dezembros se mpre têm disso: são somas de térm in...