no labirinto de nova petrópolis
verde embaixo, o céu inteiro cinza
enquanto procurava uma saída
descobri que as saídas a gente
faz sempre que se sente perdido
ou preso dentro de um labirinto.
o céu fazia menções de tormenta:
cinza de van gogh anunciava neve
e não sabíamos porque não conhecíamos
van gogh e ignorávamos o que neve
fosse. mas de saída entendíamos,
embora não houvesse saída para
a vida e a morte fosse algo distante
com o que não valia a pena se
preocupar. foi pedro quem mostrou
que havia um buraco na cerca-viva
comemoramos o atalho mesmo que
eu até hoje me sinta culpado por
não ter me esforçado o suficiente
a ponto de encontrar a saída que
todos deviam encontrar eu nunca
fiz a saída que todos buscam fazer
eu nunca encontrei a saída do buraco
ou passo por cima ou passo por baixo
do caminho que eu deveria fazer.
no labirinto de nova petrópolis
aprendi mais do que em todos
os anos de escola e faculdade.
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