Alfredo me foi pai
aos trinta e três.
Foi de novo depois
que voltou pra casa.
Depois de novo,
quando acabou o álcool.
Outra vez quando eu
não dormia e ele me
acompanhava.
Mas tive outros
: Vinicius me foi pai
aos dezoito, na ausência
do outro.
Depois de novo quando fui embora.
Depois de novo quando retornei.
Sempre e de novo quando me
abraça.
Barone me ensinou Rimbaud
e Polanski.
Theobaldo me ensinou dos
números.
Elias me ensina das plantas e
dos bichos.
Há ainda outro, de nome
Marcelo Labes, que sempre
abraça o menino que fui
e diz que vai ficar tudo bem,
vai ficar tudo bem.
Tudo dói, mas
tudo passa.
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