as distâncias não são seguras
entre comprar cigarro e atravessar
a rua. as distâncias não são amenas
entre o beijo e o sexo, entre o grafite
e a pena. não é seguro andar só
nas cidades brasileiras, nas capitais
ou nas beiras, não é seguro caminhar
nas calçadas, debaixo das marquises
também não é seguro ater-se à poesia
dizer-se poeta, olha ali o poeta, olha ali
quanta tristeza cabe num mesmo homem
não é seguro amar as poetas, tampouco
as atrizes. não é seguro dar o próximo
passo. há placas advertindo, que ignoras.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
já ia avançado o dezembro naquele dois mil e hum já ia também naque le dois mil e vinte os dezembros se mpre têm disso: são somas de térm in...
-
conta tia male que naquele tempo não tinha ceia ou festejos muito acalorados, era uma noite como todas as noites, mas com um copo de leite c...
-
homem, não te culpes se à hora da arrumação das coisas confundires as sacolas: saber o que deve ou não ir fora te exige demasiado, é questão...
-
— E quanto a nós? — É isso, horas. — Isso, só? — Depende. Pode ser muito, até. (Silêncio) — Falo de amor, sabe? — Amor é muito grande pra is...
Nenhum comentário:
Postar um comentário