Tiago D. Oliveira, poeta baiano,
te saúdo com estes versos amenos
e inconformados - sei que há muito
não nos falamos, mas sei também
que sabes como os corações dos
poetas se contatam secretamente
entre batimento e outro, verso e outro,
palavra após palavra. venho te dizer
que sinto falta de te olhar nos olhos
(era uma segunda-feira, te lembras?
Milton Rosendo, Nuno Rau, Rubens
da Cunha, Clarissa Macedo, Gabriel
Povoas, Denisson Palumbo e a noite
quente de Salvador). Tiago D. Oliveira,
meu amigo, parece que sinto contigo
a brisa das tardes na Itaparica de
quando João Ubaldo ainda era vivo
(as piadas pesadas contadas aos
meninos). Há quantos anos e por
quantos ainda não será possível
escrever poemas ou lê-los ou recitá-
los? por quanto tempo ainda seremos
observadores atentos de um tempo
que não se vê findo porque interminável?
Tiago D. Oliveira, meu amigo, te escrevo
para dizer que nada vai bem, nada vai
bem, e queria poder fazer isso sorrindo
o riso da esperança, mas nada mais é
possível. nada mais é possível.
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