um poema de amor quando lá
se vão os mortos pro cemitério
(são ataúdes de fundo falso, quem
viu amadeus de alan parker sabe
do que estou falando, sabe sim)
viu amadeus de alan parker sabe
do que estou falando, sabe sim)
e por isso nos metemos apartamento
adentro com o rabo entre as pernas
com os remedinhos pra cabeça
adentro com o rabo entre as pernas
com os remedinhos pra cabeça
com as resoluções de ano-novo perdidas
em alguma gaveta - há sempre uma
emperrada, é ali que moram os fantasmas -
em alguma gaveta - há sempre uma
emperrada, é ali que moram os fantasmas -
como se fosse possível escrever poemas
de amor, como se fosse possível escrever
poemas sobre qualquer coisa - mas nos
de amor, como se fosse possível escrever
poemas sobre qualquer coisa - mas nos
metemos apartamento adentro e também
os apartamentos têm fundo falso como
o ataúde com que despacharam o corpo
os apartamentos têm fundo falso como
o ataúde com que despacharam o corpo
de amadeus numa vala comum coberta
de cal.
de cal.
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