25 de mai. de 2009

Três poemas hospitalares.

LAMPEJO #07

O hospital inteiro na minha frente,
monumental.
Janelas.
Onde é a UTI? Janelas tristes.
E o Centro Cirúrgico? Janelas tristes.
Onde que morre mais gente?
Pensando, pensando
até concluir que ali, aos poucos,
como eu, esperando
o tempo passar,
esperando o cigarro acabar.
Esperando.


LAMPEJO #08

— E o que ele disse?
— Que não era nada.
— Eu achava que era coração.
— Coração?
— É, coração.
— Partido?
— Não. Ingênuo mesmo.


LAMPEJO #09

— Não dá. Tá perdido. Desenganado mesmo.
— Falou alguma coisa?
— Não quer ver ninguém.
— Esse filho da puta. Que pelo menos deixe avisado que me deve.

7 comentários:

DDA Silveira disse...

é.
levanta e busca um café.

DDA Silveira disse...

-Olha ali! Morreu...
-Se taparam tudo...
-É uma criança, né?
-Não, pelo que soube é um anão.
-Ai, graças a Deus!

Marcelo Labes disse...

Mais café, DDin! Um riso ainda do anão morto. Graças a deus não era a criança! (?) Beijo.

Anônimo disse...

Esse número 8 foi de doer n'alma!

DDA Silveira disse...

ahahahaha!
E claro que pode roubar !!!
:D

Rodrigo Oliveira disse...

teus lampejos me remetem às tuas febres. nao sei se pela forma ou estilo. Tenho q voltar a elas pra saber...
Keep walking

Marcelo Labes disse...

Rodrigo, por essa conexão eu não esperava; talvez porque as febres tenham ficado por lá, estáticas. De qualquer forma - se valer pedir - volta lá sim e depois me diz. Será um prazer, como sempre! Grande abraço!

já ia avançado o dezembro naquele dois mil e hum já ia também naque le dois mil e vinte os dezembros se mpre têm disso: são somas de térm in...