toma aqui um poema que funciona como um abraço, uma janela capaz de diminuir o espaço, essa centena e meia de quilômetros opacos e paisagens que já conhecemos desde antes de nascermos, porque neste estado todos têm os olhos voltados para a capital.
toma aqui um poema que funciona como um abraço, remédio pra insônia, expectorante e descongestionante nasal.
faz desse poema travesseiro, cobertor de orelha, corretor ortográfico; faz desse poema um outro abraço, em retorno, um retrato de quando vínhamos em retorno e nos encontrávamos exatamente quando fechava o sinal, na faixa de pedestres perto do corpo de bombeiros.
faz desse poema um beijo ligeiro, um beijo estalado no pé do ouvido, um olhar pressentido e por isso olhado, e por isso mesmo repetido.
faz desse poema uma carta-resposta, um talão de apostas, pinta nele uma miragem: teu corpo é paisagem para ilustrar cartão-postal.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
já ia avançado o dezembro naquele dois mil e hum já ia também naque le dois mil e vinte os dezembros se mpre têm disso: são somas de térm in...
-
eu tinha prometido parar com isso de falar do meu pai morto, de três ou quatro nomes de gente que nunca se viu e que parece que existem mesm...
-
Chamarei-os lampejos, porque foi como aconteceram. LAMPEJO #01 E é assim, maninha: a gente pensa numa coisa bem triste e outra, muito bonita...
-
Fazia muito tempo que o Jorge tinha decidido passar a corda no pescoço e pular da cadeira. Compartilhou sua certeza de que não valia a pena ...
Nenhum comentário:
Postar um comentário