existe um limite entre o poema e o diário, a nota confessional, bula de remédio, dor de cotovelo, cólica renal.
ali nesta antessala onde não há (ainda) nem palavras, é ali que normalmente se para - um passo a frente, o desconhecido. um passo a frente e as palavras te tomam de refém, sequestro relâmpago, ninguém mandou o pedido de resgate.
existe um limite entre a vida e a palavra escrita, existe este sol lá fora - e o melanoma que se incendeia na ponta do teu nariz que uma hora pode te incomodar, pode incomodar bastante,
a ponto, quem sabe, de pedires de presente fraldas geriátricas
ou esse câncer se curará com apenas papel e caneta?
é sempre cedo pra se saber por inteiro.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
já ia avançado o dezembro naquele dois mil e hum já ia também naque le dois mil e vinte os dezembros se mpre têm disso: são somas de térm in...
-
eu tinha prometido parar com isso de falar do meu pai morto, de três ou quatro nomes de gente que nunca se viu e que parece que existem mesm...
-
Chamarei-os lampejos, porque foi como aconteceram. LAMPEJO #01 E é assim, maninha: a gente pensa numa coisa bem triste e outra, muito bonita...
-
Fazia muito tempo que o Jorge tinha decidido passar a corda no pescoço e pular da cadeira. Compartilhou sua certeza de que não valia a pena ...
Nenhum comentário:
Postar um comentário