22 de jan. de 2021

de que a vale a poesia sabemos
que de nada embora que ironia
(é preciso pontuar) que a vida

pereça ao revés da permanência
que se espera dela. como diz
sábato: absurda fome de eternidade

em um corpo miserável e mortal.
e a esperança dúbia entre a vida
que seja eterna e a terra que lhe

seja leve. que não sofra mais e
padeça rápido; que fique perto
e seja eterno.

de que a vale a poesia pensamos
senão para pedir e pedir e pedir
ao deus surdo em gritos vorazes.

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