e não adianta procurar forma:
seguirão crescendo como hera
como figueira, as raízes destruindo
concreto. há poemas que, não
adianta, crescem sem que a gente
veja e nos pegam de rasteira, a
cara contra o concreto.
há poemas que vêm de fora, mas
esses lemos e fingimos atenção ou
guardamos num canto seco da
casa. os que crescem dentro matam
aos pouquinhos, aos pouquinhos,
e crescem até que matem mesmo
o concreto ainda líquido entrando
por todos os meus buracos.
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