25 de nov. de 2023

(poema só pra Juliana Maffeis)

a gente se perguntando
cadê as gurias se tão no
bar ainda se vão chegar

ainda se mesmo existem
cadê as gurias? como se
houvesse noite como se

houvesse vida mas é tudo
tão morno nesses tempos
que talvez as gurias nem
 
estejam aí, pela volta, talvez
nem existam as gurias. eu
quebrei a parede para ver

se te encontrava do outro
lado, mas só havia o outro
lado e essa saudade filha da

puta de ti numa noite quente
em porto alegre quando falamos
sobre cadê as gurias, e elas

tavam vindo e nos sentamos
todos à mesa, tu, eu, as gurias,
sem nem saber que o que viria

pela frente seria tão ou mais
grave que. derrubei a parede
a marretadas porque o peito já

anda fraco de tanta falta e se
me pergunto cadê as gurias eu
me pergunto cadê tu, cadê eu

onde foi que a gente veio parar.

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