Vejamos a poesia:
veio comigo do pó
e não me larga do pé.
Não adianta o quanto eu dê a ré,
ela vai adiante;
magrela, banguela e tapada.
Tão desengonçada, coitada,
que nem merece atenção.
A não ser, é claro,
que me vista de literato
[o dedo em riste
e o pau na mão],
e saia correndo pelado
pela rua Quinze, na contramão!
Mas então não será o poema
o que estará em questão:
será o insano desfeite,
será o tirano deleite
do jornaleco da televisão.
Poesia é outra coisa, parece.
Uma história, uma praga, uma prece.
Destino que se cumpre
e envelhece.
Sem senão.
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