19 de nov. de 2016
sei que não sou só eu
que atravesso a noite
na chuva
mirando poças à espera
de que sejam tanto ou
mais profundas do que
minha altura.
sei que não sou só eu
que tenho a ossada
cansada
de carregar a carcaça
de carregar as páginas
reviradas
de um livro que nunca será
escrito.
trago comigo, de alguma forma,
deus enfiado nos bolsos
(quando derrete, molha as calças
feito mijo)
assobio sempre a mesma
canção quando me deparo
com o carro vindo
pois sei que no fim haverá o desvio
o maior desafio é permanecer
parado.
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